Olá! Eu sou Marília, paulistana, descendente de italianos, portugueses, negros e índios. Mil e uma funções antes de ser só psicóloga e mais um mundo de interesses além da Psicologia, mas sempre foi ela que me ligou a diferentes conhecimentos, até eu poder ser apenas clínica.

Me formei em 2007 pela U.P. Mackenzie, onde também terminei minha carreira como jogadora de handebol, esporte que praticava como federada desde os 12 anos. Foi o handebol que me levou para a Psicologia, literalmente, quando ainda adolescente rompi gravemente um ligamento e precisei de terapia para aguentar esse rompimento e a paralisação imposta pelo meu corpo.

A terapia abriu tantos mundos dentro de mim que logo tive certeza de seguir carreira na Psicologia do Esporte. Acontece que a vida é uma caixinha de surpresas. Conheci a Psicologia Analítica na faculdade, busquei uma nova terapia na abordagem e fui me descobrindo uma boa arqueóloga de almas, ou “olhadora de mares”, como diz Eduardo Galeano.

Em 2008, fiz pós-graduação em Psicologia Hospitalar pela Santa Casa de São Paulo, e muito me transformou a vivência nos hospitais do SUS, no atendimento de pessoas com as mais diversas doenças e idades. Essa experiência me modificou profundamente. Os estudos foram se ampliando e senti na clínica meu espaço de vocação. 

Mas esse caminho foi longo. Hoje todas as minhas energias estão voltadas só para o estudo e a aplicação da Psicologia na abordagem que tanto dá sentido ao meu olhar. Ao longo da estrada, sempre busquei técnicas que sustentem o trabalho verbal e possam aprofundar o contato com o paciente e a comunicação deste com seu próprio inconsciente.

Os recursos expressivos, os sonhos, a calatonia e o Sandplay são ferramentas riquíssimas, pelas quais me apaixonei e hoje são a base dos meus estudos e do meu atendimento terapêutico. Já passei por diversos grupos de estudos e atualmente estou imersa no Sandplay. A formação em Terapia de Casal foi um encontro muito bonito e me proporcionou um olhar mais abrangente e acolhedor para as relações amorosas e familiares. 

Os pilares da minha prática estão ancorados em ética, comprometimento com o conhecimento, compromisso com cada ser humano que confia em mim para o mergulho, sigilo absoluto, análise pessoal e supervisão.

Ser psicóloga e psicoterapeuta é um compromisso constante, por buscar viver com o máximo de verdade e profundidade todos os conhecimentos que obtemos. Passa sempre pela busca de ser um humano melhor e mais próximo da minha essência, para também poder oferecer ao outro um olhar mais aguçado e um espaço cada vez mais acolhedor e seguro.

A maioria dos que buscam terapia sente que está difícil caminhar sozinho, geralmente em um túnel escuro e abafado e sem conseguir ver seu final. O trabalho terapêutico é a tentativa de compreender os processos inconscientes e as relações que estruturaram aquela pessoa e a levaram ao momento difícil. A caminhada no túnel pode ser muito produtiva, no escuro os olhos da nossa alma se apuram e conseguem se orientar por novos rumos.

Toda dor pode ser revisitada com amor, até o dia em que ela poderá se tornar uma cicatriz com sua história. Nossas feridas são nossas maiores joias, elas nos lembram onde mora todo nosso potencial. A arte de contar uma boa história sobre aquilo que me feriu é a via de me responsabilizar e tomar as rédeas do meu crescimento. Eu acredito profundamente na força da alma, a vida busca sempre o desenvolvimento, e nossa missão é dar espaço para que ele aconteça.

Há 5 anos, durante alguns estudos de alquimia, acabei encontrando as lâminas do tarô e seus correspondentes na jornada arquetípica da alma. Toda simbologia e a mitologia também nos ajudam a ampliar os recursos para olhar além.

Gosto demais de bicho, ouvir histórias, enxergar as belezas de cada um (pessoas são mundos), literatura, especialmente a brasileira e a africana, nossas lendas indígenas, a poesia e a música. O mar é especial na minha história, assim como o Carnaval.

Sou um sem fim de sincronicidades e, mesmo nas mais difíceis, minha busca é me encontrar comigo lá na frente e dizer “prazer em te conhecer”. E o mesmo eu desejo para cada um que chega até mim e me confia seu processo de individuação.